Quando Irene, que já era mãe de gatos, começou a receber visitas de uma gatinha que, até então tinha dono, mas estava visivelmente precisando de cuidados, ela não imaginava o que estava por vir.
Inicialmente, Irene começou a alimentar a gatinha, que pertencia a um vizinho, mas frequentemente ia até a sua casa para ganhar comida.
Com a aproximação, a gatinha foi criando confiança em Irene e, certo dia, resolveu levar uma companhia para visitá-la: o seu bebê.
Ao se deparar com a cena, Irene se mostrou surpresa, mas encantada com a atitude da mamãe felina.
Nos dias seguintes, a gata continuou indo até a sua casa acompanhada do seu filhotinho, o que acabou comovendo Irene.
Com acesso à rua, o gatinho corria risco de vida, até mesmo de ser atacado por outro animal. Por isso, Irene entrou em contato com o proprietário da gata e perguntou se ela poderia ficar com eles, em prol de sua segurança.
O homem foi de acordo com o pedido e permitiu que ela ficasse com a mamãe e com o filhote.
Outro motivo que fez com que a mulher pedisse a ‘guarda das crianças’, foram os visíveis problemas de saúde que tanto a mamãe quanto o filhote apresentavam.
Além da grande quantidade de vermes, o filhote estava bastante debilitado e com os olhos fechados, o que indicava uma possível infecção.
Enquanto a mamãe apresentava graves ferimentos na boca e inchaço anormal na região do abdômen, o que indicava algum problema.
Irene não mediu esforços, nem suas economias, e os levou ao veterinário para investigar o caso dos felinos.
Lá, depois de muitos exames, descobriu-se que a felina estava com uma infecção no útero, devido à piometra, que geralmente caracteriza-se pelo acúmulo de muco ou pus no interior do útero, provocando dor e outros sinais clínicos de acordo com a gravidade.
A mamãe estava ainda com vermes, a boca ferida, mas felizmente negativou para FIV e FELV, a leucemia felina.
Apesar dos diagnósticos, a mamãe e o filhote, que foi nomeado de Vitório, ainda estão em tratamento, mas já apresentaram uma grande evolução.
Veja a evolução do Vitório:
Durante o período em que estiveram internados, os dois precisaram ficar separados, mas o momento do reencontro não poderia ter sido mais comovente.
Antes, Vitório estava tão debilitado que nem procurava a sua mãe para mamar.
Quando os dois se reencontraram, Vitório não só demonstrou a saudade que estava da sua mãe, como foi rapidamente em direção ao seu peito para mamar, que felizmente, estava cheio de leite para ele.
A felina também não escondeu a sua alegria em rever o seu bebezinho, que já estava, inclusive, bem mais revigorado. Um sentimento que apenas mãe e filho entendem.
Confira o reencontro:
No entanto, Irene compartilhou com os seus seguidores as altas despesas que teve com o tratamento da mamãe e do seu filhote.
Como alternativa, ela tem pedido para os seguidores compartilharem e ajudarem os seus vídeos a viralizarem, para assim, conseguir ajuda com os custos.
para segui-la e continuar acompanhando o progresso dessa família linda.
A piometra é uma afecção muito comum que acomete o trato reprodutivo das gatas e cadelas, mas é aguda e compromete o trato reprodutivo das fêmeas. Diversos são os fatores que estão ligados ao surgimento da afecção, que ocorre quando as bactérias ascendem do trato geniturinário inferior para o útero, como explica o .
A afecção acomete apenas as fêmeas que não são castradas ou que foram castradas de forma incorreta/incompleta. Também pode ser mais frequente nas que possuem meia-idade ou já são idosas, pela recorrência dos ciclos estrais sem prenhez.
Devido à gravidade da afecção e possíveis complicações decorrentes das alterações no organismo das fêmeas, esses casos devem ser investigados de forma imediata e precoce para avaliação do Médico-Veterinário.
O tratamento cirúrgico através da castração é o único eficaz e recomendado tratamento para a piometra em cães e gatos, assim como única forma de prevenção, já que consiste na retirada total do útero e ovários.
